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Caixa lança cartão para substituir o fiador nos contratos de aluguel

A Caixa Econômica Federal lançou no último dia 20 de dezembro o projeto piloto do Cartão Aluguel, com o objetivo de oferecer uma alternativa na locação de imóveis residenciais. O projeto será implantado primeiro em quatro imobiliárias de Goiás e de São Paulo, mas a previsão é que o cartão esteja disponível em todo o Brasil em fevereiro. As informações são da Folha Online. Hoje, as modalidades utilizadas para garantir a locação são o fiador (a principal delas), o depósito caução e o seguro-fiança. O inquilino que optar pelo Cartão Aluguel vai receber um cartão de crédito para quitar o aluguel todos os meses. Se atrasar o pagamento, não haverá transtornos para o proprietário da moradia já que o valor será repassado pelo banco e depois cobrado com juros ao locatário. O cartão será oferecido nas bandeiras Mastercard e Visa e o cliente terá dois limites, sendo um exclusivamente para o aluguel e, o outro, do rotativo, para o pagamento de compras em estabelecimentos comerciais. O produto será comercializado exclusivamente nas imobiliárias credenciadas pela Caixa e também nas redes de agências do banco em todo o país. A instituição financeira inicia nesta semana o cadastramento das imobiliárias que receberão o cartão aluguel. O seguro-fiança vem ganhando espaço no mercado de locação, mas ainda esbarra no valor alto. A despesa extra em um ano pode ultrapassar o valor do aluguel de um mês, dependendo da cobertura contratada, que pode englobar também danos ao imóvel e pintura. Há inquilinos que não conseguem encontrar um fiador e locadores que não consideram o depósito caução vantajoso porque cobre apenas três meses de atraso no pagamento do aluguel. O mercado de locação residencial continua muito aquecido, o que garante o mercado para o novo produto. Os contratos novos de locação residencial assinados em novembro na capital paulista tiveram aumento médio de 1,6% em relação aos valores negociados em outubro. No acumulado dos últimos 12 meses, o acréscimo é de 12,9%, segundo os dados do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.